Com as pessoas forçadas a ficarem confinadas em suas casa pela quarentena do enigmático COVID-19, li que aumentou muito a violência doméstica. Por isso, veio-me falar de cortesia.
Entre as pessoas existe um abismo, movido por individualidade, receios, diferenças de temperamentos, ensimesmamento e tantas outras coisas mais. A função da cortesia é vencer este precipício, saltá-lo, unir as pessoas. É algo tão importante que, no espírito da civilização católica, faz parte da benquerença, do amor fraterno, da caridade. Tem a ver com humildade, paciência, capacidade de colocar-se no lugar do outro, interesse pelo bem alheio... Amizade.
A este respeito, disse meu distante primo e caríssimo professor, Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, em conferência registrada no dia 29 de junho de 1974, ano em que nasci:
"A cortesia é o lado cheio de respeito, distinção e afeto que une as pessoas diferentes, colocando-as numa relação como as notas de uma música. Dir-se-ia que as notas de uma bela música estão em estado de cortesia entre si.
"Se uma pessoa irrefletida passa diante de um piano que está com a tampa aberta, escorrega e apoia-se no teclado para não cair, sai um som horroroso parecido com uma descortesia. Porque não há harmonia.
"A cortesia é a musicalidade das relações humanas."
Há, como se vê, notas de paz. Como reencontrar esse caminho sem formação humana? E como discorrermos sobre a formação humana sem motivações fora da esfera da Fé?
Apenas uma breve reflexão.
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