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Foto do escritorAndré Luís Roque Cardoso

3. História de Vida: "Caritas in Puer Cotidie; et umbra damnare".

Atualizado: 30 de mar. de 2020


Olá! O que está achando dos textos da série "História de Vida"? Apenas interessante, educativa ou algo que mais lhe parece perda de tempo e autocontemplação? Espero que esteja valendo a pena. Deixe suas impressões ou sua crítica construtiva nos comentários.


Recapitulando. Na primeira parte, falamos da importância de se conhecer bem com quem vai se casar, trabalhar e votar. Lembra-se? Motivo pelo qual, filosofamos sobre os temas verdade e liberdade. Dos fatos mais exóticos, citei uma suposta aparição de Mons. Victor Ribeiro Mazzei para minha mãe no dia do meu nascimento. Qual o sentido disso? Não sei. O que você acha?


Na segunda parte, discorremos sobre minha chegada do hospital em casa (rua Rio de Janeiro, n. 372) e da forma criativa e delicada de Dona Regina estimulou a amizade entre seus dois primeiros filhos.


É interessante ler o Diário do Bebê feito por ela. Ela anotou que meu primeiro sorriso foi para ela, quando eu completava 1 mês de idade, já tendo engordado incríveis um quilo e cem gramas. Que curiosa preocupação! Escreveu que meu primeiro passeio foi de carro com ela, dentro do tal cesto com fitas azuis, para o pediatra (Dr. Newton da Silva Coelho) e, no mesmo dia, saindo do consultório, para a casa da tia Isaura, irmã da minha avó paterna. Como uma informação dessa pode ser importante? Grifou que eu a surpreendia com o quanto era calmo e vivaz ao mesmo tempo, sempre observando a parede, o que brilha, detalhes cá e acolá. Registrou mês a mês pesos e medidas... Com onze meses, por exemplo, o pediatra me mediu com 74 cm de comprimento e 13 quilos e quatrocentos gramas. Não foi nem 13, nem 14 quilos redondos. Os 400 gramas são aqui substanciais! Ora, eu lhe questiono, para que incluir uma coisa dessa aqui no blog? Não é autocontemplação, nem só admiração e gratidão por existirem boas mamães. Você sabia que N. S. Jesus Cristo nunca falou na palavra latina "amor" e que a cada vez que lemos esta palavra na Bíblia há um termo específico em grego ou em hebraico, onde a mais falada se pronuncia "uarramim"? E o que é "uarramim"? É o conjunto de afetos, modos e atitudes incondicionais de uma mãe saudável por seu bebê recém-nascido. Aliás, aproveitando a deixa, por incrível que nos pareça, quando Jesus nos pede para amarmos o próximo, ele usa essa palavra e por isso, em Latim, encontramos a tradução "dilexit", que, traduzindo para o Português, seria a soma de predileção, misericórdia, compaixão, zelo, cuidado, atenção total. Que tal? Isso para você e eu percebermos a profunda grosseria generalizada, especialmente de nosso tempo descristianizado, e o porquê de delicadezas como as pinturas de Fra Angelico, por exemplo. O termo é tão profundo e cheio de detalhes, que há quem diga que "o amor não é senão o exagero". Amor de Mãe. Pois é. E alguém ainda acha que entende o que nos dizem as Sagradas Escrituras sem um mínimo de conhecimento antropológico, cultural? Será mesmo que a Tradição - onde se incluem textos escritos pelos primeiros bispos da Igreja, contemporâneos ao Evangelho - não é essencial para uma boa compreensão da vontade de Sua Divina Majestade? Expressa aí a sua opinião nos comentários.



FUI EMPURRADO POR UMA ESTRANHA SOMBRA. COMO ASSIM?


Agora, vou falar de algo que eu também não compreendo. Eu fui batizado no dia 17 de novembro de 1974, pelo Pe. José Verhoven, na Igreja que leva o nome da Padroeira do Brasil, lá em Araçatuba mesmo. Portanto, com 4 meses de idade, trinta dias antes de um experimentar a minha primeira papinha. Segundo minha mãe, eu "gostava de ficar sentadinho" e só completando um aninho é que dei meus primeiros passos.


Minha me observava andar, quando percebeu que eu andava normalmente e, repentinamente, caía de nariz no chão com violência, sem dar tempo de proteger-me com as mãos. Como isso se repetiu, pediu a Deus que lhe mostrasse a causa, pois temia ser um problema ortopédico ou neurológico. No entanto, qual não foi sua surpresa ao ver que lhe apareceu "uma espécie de sombra, mas com volume, em forma de lobo, mas de pé, ziguezagueando freneticamente, tomando distância e empurrando-me"? A primeira vez ela não conseguiu acreditar no que viu e levantou-se atenta. Só podia ser uma ilusão! Contudo, ela passou a ver e não desapareceu mais. Empurrou-me uma e depois mais uma vez... e ela gritou, pedindo socorro a Deus! Veio em minha direção e tomou-me nos braços, horrorizada.


Procurou padres, mas a Teologia da Libertação já tinha tomado Araçatuba e riram dela. Buscou ajuda psiquiatra, pois começou a achar que havia enlouquecido. Fez testes psiquiátricos e nada de errado se notou nela. E realmente eu estava com o rosto machucado. Encontra-se no diário dela: "Especialmente a ponta do narizinho, onde sangrava e eu punha mertiolate". Esse fato deu o que falar e ela acabou se enveredando a um profundo estudo de religiões...


E então? O que está achando das histórias? Percebeu que o que nos parece inútil e desnecessário pode ser justamente o diferencial na vida de uma pessoa ou de seu raciocínio frente os desafios?



Bem... eu vou dar uma pequena pausa, antes de escrever a parte 4. Antes dela, quero seu feedback. Combinado? Permaneça com Deus e um grande abraço!





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