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Foto do escritorAndré Luís Roque Cardoso

Oração de São Francisco de Assis.


PARTE 1


Altíssimo, onipotente, boníssimo Senhor,

Teus são o Louvor, a Glória, a Honra

e toda a bênção só a Ti, Altíssimo, são devidos; e homem algum é digno De Te mencionar.


Louvado sejas, meu Senhor, Com todas as Tuas criaturas!

Especialmente o senhor irmão Sol, Que clareia o dia e com sua luz nos alumia. Ele é belo e radiante com grande esplendor. De Ti, Altíssimo, é a imagem.


Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas, Que no céu formaste claras, preciosas e belas.


Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão Vento, pelo ar,

ou nublado, ou sereno, e todo o tempo, pelo qual às Tuas criaturas dás sustento.


Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã Água, Que é mui útil, humilde, preciosa e casta.


Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo. Pelo qual iluminas a noite. Ele é belo e jucundo. Vigoroso e forte.


Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã a mãe Terra, Que nos sustenta e governa.

Ela produz frutos diversos, coloridas flores e ervas.


Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam por Teu amor, E suportam enfermidades e tribulações.

Porque Bem-Aventurados os que sustentam a Paz, que por Ti, Altíssimo, serão coroados.


Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã a Morte corporal, da qual homem algum pode escapar.

E ai dos que morrerem em pecado mortal! Por isso, felizes os que ela achar em conformidade à Tua Santíssima Vontade, Porque a morte segunda não lhes fará mal!


Louvai e bendizei a meu Senhor, dai-Lhe graças, E servi-O com grande humildade.


PARTE 2.


Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz!

Onde houver ódio, que eu leve Vosso santo Amor;

Onde houver ofensa, que eu leve Vosso santo Perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve Vossa santa União;

Onde houver dúvida, que eu leve a mais nobre e pungente Fé, com os seus mais doces e saudáveis frutos;

Onde houver erro, que eu leve a Verdade que liberta;

Onde houver desespero, que eu leve a virtude da santa Esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a santa Alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a Luz de Cristo.

Ó Mestre dos mestres, meu Senhor, meu Pai, meu Irmão mais velho, meu Salvador, Papa dos Papas e Sumo Rei, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado;

compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado.

Pois é se doando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo para si mesmo que se vive para a sempre surpreendente Vida Eterna.

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