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Foto do escritorAndré Luís Roque Cardoso

2. História de Vida: "Mater mirabilis, et fratris tutela".

Atualizado: 30 de mar. de 2020


Montagem que mais minha mãe gostava. De um lado, ela com 38 anos. De outro, sua Primeira Comunhão.

Olá! Depois de deixarmos claro o que é verdade, diferenciando-a de crença, e falarmos sobre liberdade, na parte 1 do post que narra a história da minha vida, contei-lhe que tenho três irmãos completos e dois incompletos; e narrei-lhe meu nascimento, baseado em anotações de minha amada e linda mãe Regina Teresa Ferraz Perina, que transpassou o limiar da Eternidade dois dias antes do Dia dos Pais, no ano passado (2019), de uma forma que não sai da minha cabeça e tira-me lágrimas sempre que desse momento me recordo. Meu Deus, que saudade!


Bem... Onde estávamos mesmo? Isso. No cesto com fitas azuis de cetim. Retomando este ponto, vou replicar-lhe alguns fatinhos que minha mãe me contou e que vale a pena divulgar por diversos motivos: quem sabe, ao menos, aumentar a sua fé e explicar-lhe a responsabilidade que carrego comigo.


"UM GATINHO" CHEGA DO HOSPITAL.


Minha mãe me contou que ela teve uma infância e pré-adolescência com alguns fatos místicos que marcaram a vida dela para sempre, mas que como adulta estava vivenciando uma fase normal, sem nada de tão extraordinário, que não fosse o maravilhoso dom da maternidade. E para ela, uma coisa era fundamental: não criar rivalidade entre seu filho mais velho e o que acabara de chegar. A união entre os irmãos fazia parte da sua missão naquele momento. Então, o que ela bolou? Pense você na delicadeza da alma dessa mulher: chegando em casa, ela me escondeu no quarto dele, enquanto ele não estava. Deixou-me lá até que eu desse algum sinal. Acontece que eu não chorava. Segundo ela, ao invés de chorar, eu miava como gato recém-nascido. E quando comecei a miar, meu irmão correu até minha mãe e disse-lhe:


- "Gato, mamãe! Escuta! Tem gato em casa!"


Ela, fazendo-se de desentendida, respondeu-lhe:


- "Será, meu querido?"


O silêncio voltou a reinar... até que mais miado se fez ouvir. E o José Francisco, meu querido irmão mais velho, saltou interessado em encontrar o tal bichinho.


- "Escuta, mamãe! Tem gato sim! Miou de novo!"


Carinhosamente e envolvida no interesse do seu primogênito pelo tal gatinho, convidou-lhe para procurarem juntos onde o bichinho estaria. E a cada miado, o menininho de quase dois anos se aproximava do seu quarto. Francisco estava de olhos arregalados, não vendo a hora de encontrar o filhotinho... Até que chegou à porta de seu quarto e abriu-a bem devagarzinho... Expiou daqui e dali... mas nada. Tudo em silêncio de novo e a mamãe ali com ele, fazendo o maior teatro. Então, ouviu-se o miado de novo e ele quis acender a luz, mas a mamãe o impediu e ambos aproximaram-se do cesto... Ficou estupefato quando viu que não era um gato, mas um bebê.


- "Mamãe do céu, é um bebê!"


E, graciosamente, minha mãe se fez de desentendida. Como assim um bebê estava ali na casa deles? Quem teria deixado o bebê ali? Então, ela se aproximou atenta à reação do filho mais velho ao recém-nascido, e disse-lhe:


- "Nossa, é um bebê mesmo! E agora? O que a gente faz com ele, Francisco?"


Ah! Imediatamente, ele quis me adotar.


- "Eu cuido dele, mamãe! Deixa ele ficar com a gente!"

José Francisco e eu, atualmente. Dois irmãos.

Foi quando ela me tomou nos braços com a supervisão do José Francisco; e ambos me "adotaram". Este foi o primeiro capítulo de uma amizade entre dois irmãos, enlaçados por uma mãe incrível, onde o mais velho se sentia meu maior protetor, e eu "seu gatinho protegido". Nada pode ser tão conservador. Isto é Conservadorismo Unitivo-Criativo.




Está gostando da história de vida deste que vos escreve? Que bom! Muitíssimo obrigado pela bondade. Vamos contando os fatos, pouco a pouco, parte por parte. Sem esconder nada. Um grande abraço e permaneça com Deus! Continuaremos no próximo post! Espero você lá!

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