SP-MEx

O QUE FAZEMOS E QUEM SOMOS?

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1. Como surgiu?

 

A ideia propriamente dita da Unidade SP-MEx surgiu em fevereiro de 2017, logo quando minha companheira e eu começamos a vivenciar um projeto de educação musical e comportamental na Escola Municipal Prof. José Pousa de Toledo, realizada durante o ano para crianças de 7 a 9 anos. Eu percebi que não estavam bem nutridas e que precisavam de que fosse criada uma unidade modelo que não fosse experimental, e sim experimentada, experiente, experiencial - isto é, com práticas e tecnologias já aprovadas para uma adequada produção agroecológica em região urbana, de alimento de origem vegetal e animal. Dormi pensando nisso e veio-me em sonho um lugar multifuncional, onde Sua Divina Majestade me a apresentava, como professor de fitotecnia, mineralogia... Sendo o sonho tão realista, acordei emocionado e decidido a fazer o que estivesse a meu alcance para realizá-lo.

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No sonho, vi produção de alimento por meio da aeroponia consorciada à aquicultura. Contudo, a estética não era trocada pela praticidade, e sim alinhada à ela. Em tudo, havia arte, beleza, encanto, inocência, com um toque de sacralidade e esplendor, sem perder a prioridade pela produção. A isto denominei ARTEPONIA: fazer arte com aquaponia; ou produzir em meio artístico-cultural. Em tudo havia inteligência estética, conhecimento profundo de física e química, com muita graça no aproveitamento da luz, das cores, do brilho e da dinâmica. O lugar era grande, em formato circular e sua cobertura engenhada para controlar a entrada da luz e, assim, também a temperatura. No subsolo, fiquei em mente que havia uma grande reserva de água em movimento e rochas de minérios. O tanque dos peixes fora arquitetado em corredor circular - isto é, num formato de anel ao redor da horta tendo em sua parede a presença de minerais diversos, dispostos de uma maneira que os peixes se sentissem sempre em situações de novidade, onde a água era menos corrente em certos bolsões de descanso, além de tocas de pedras, removíveis pelo Homem.

 

Sua Divina Majestade, Jesus Cristo, caminhou comigo ali e explicava-me coisas possíveis de entender e questões muito além de minha capacidade intelectual, inclusive porque fica difícil de prestar atenção em algo quando estamos caminhando com o principal: Deus, Criador de tudo e todos. Ele apontava para as plantas e elas ficavam como que se vê numa lente microscópica - super aumentadas - para ilustrar-me algumas questões. Quando Ele queria me explicar sobre as rochas e também as apontava, ficavam bel-iluminadas e ultra-definidas. O teto era retrátil e fez-me lembrar pétalas de flor. E, enfim, naquele lugar, havia autonomia energética.

 

É verdade que foi um sonho, mas quem pode afirmar que fora apenas um sonho?

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Outrossim, o nascedouro da ideia do SP-MEx pode ser considerado a história de meus antepassados e de todos que foram importantes na minha vida. 

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1. O AMOR PELO BRASIL, por exemplo, tem maior influência de meus bisavós maternos. A família Souza Ferraz tem sua origem quatrocentona de Brasil. São paulistas, com antecedentes portugueses e caboclos, de Pernambuco e São Paulo. Ouvi dizer que a maioria dos homens da família eram da Ordem Terceira do Carmo, vindo ao Brasil para servir Dom João e a Igreja Católica. Possuem parentesco com alguns personagens conhecidos da História, como o Bandeirante Fernão Dias, São Galvão e a amável D. Lucília Corrêa de Oliveira, mãe do Prof. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, inspirador dos Arautos do Evangelho e quem me reativou o carinho pela pátria mãe gentil.

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2. AFABILIDADE. A virtude do acolhimento requer afabilidade, delicadeza, educação, bom jeito. Todos podemos ser afáveis e minha avó materna, D. Conceição Ferraz Perina, além de uma fé exemplar, tinha isso mais intensamente. Querida, paciente e carinhosa conosco, seus netos, filhos da filha dela. O altar sacro na casa dela associado ao seu modo meigo de ser e orar é decisivo na formação do meu caráter.

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3. HUNGRIA. Há influência da Política Cultural exercida por Zoltán Kodály, que é patriótica e tem a lógica tomista permeando sua estrutura de pensamento. Meu avô materno, Sr. Renato Perina, era músico catedrático e comerciante, descendente direto de imigrantes austro-húngaros do Trentino-Alto Ádige, antes Áustria e hoje Itália. Sua ligação étnica com o político cultural Prof. Zoltán Kodály também me influiu. Hoje, sou professor de Política Cultural no curso de pós-graduação de Pedagogia Musical, um dos alicerces filosóficos da ideia ou conceito do SP-MEx.

 

4. VIDA DOS SANTOS. Minha mãe, uma linda mulher, tem uma fé incrível. Talentosa musicalmente, sempre nos contou a história dos heróis cristãos para dormirmos.

 

5. ITÁLIA. Quando se fala do melhor da Itália, associamo-lo à virtude da criatividade e à gastronomia, não é verdade? Minha bisavó paterna, D. Maria Gagliardi Geraldi, italiana, era minha melhor amiga em minha terra natal. Eu gostava muito de conversar com ela. Esse carinho por ela foi estimulado por meu pai, que sempre levava frutas para ela aos domingos, ao retornarmos da igreja.

 

6. CULINÁRIA, GASTRONOMIA. Minha avó paterna, D. Adélia Geraldi Cardoso, é a inspiração no universo culinário e gastronômico de toda nós, seus descendentes.

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7. UNIVERSO RURAL. Meu avô paterno, o Sr. Américo Roque Cardoso, não tinha vocação para a pecuária; no entanto, era um investidor e estimulou seus filhos homens a gostarem de fazenda, sendo meu pai e seu irmão Itamar os que mais corresponderam. Assim meu pai é a origem de nosso contato com a terra.

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Aliás, falando-se no meu avô Américo Roque, embora descendente de portugueses e italianos, com sangue indígena, recebeu este nome por devoção aos dois Santos, o húngaro Américo e o italiano Roque. Ele foi um exímio auto-educador financeiro e chegou a resultados nessa área que me fazem olhar com carinho a educação financeira e o estímulo ao empreendedorismo - porém, jamais, em hipótese alguma, em detrimento, em deterioração à família, como tende a fazer a maioria dos "empreendedores naturais" - fanáticos por trabalho - e, por consequência, a maioria do.s cursos inspirados neles, como foi o caso do EMPRETEC que fiz no Sebrae. O dinheiro não pode ser finalidade, e sim caminho, ferramenta para realizações, em prol da Família e de melhorias sociais. Do contrário, o capital é maldito.

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Então, quem somos e o que fazemos?

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Para entender quem somos e o que fazemos, precisamos antes entender o que é ser Católico. A palavra vem de KATHOLIKOS e é composta por 3 termos gregos, usados pelos Cristãos já no segundo século para diferenciar os bons ou verdadeiros dos maus ou falsos cristãos: Katho + Oli (oligo) + Olikos.

 

1. Katho é sinônimo de accaptare em Latim e significa em Português o verbo transitivo ACATAR - observar com cuidado; demonstrar consideração por; honrar, reverenciar, respeitar, cumprir bem, obedecer com primor; e também reagir. É o oposto de indiferença, displicência e de inconsequência.

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2. Oli(go) indica a ideia de "poucos", minoria; e ao mesmo tempo, totalidade, plenitude. Isso indica dois pontos: 1. preocupação especial pela qualidade, e não pela quantidade; 2. é tao bom que, embora pertencendo à minoria, é realmente bom para todos. No que diz respeito à acatar e a interpretar, é relacionada a forma de enxergar tudo, incluindo e principalmente as Sagradas Escrituras: tudo em contexto, sem contradições.

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3. Oikos é família. Palavra alguma poderia ser mais carinhosa completando o interesse pela honra e pela qualidade do que a família: o tratamento fraterno uns para com os outros e filial para com Deus.

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Isso é o que era ser católico no começo e é o que volta a significá-lo conscientemente. Isso quer dizer que somos Homens e Mulheres de bem, de maioria Cristã - porque cremos que Cristo é Deus -, que buscam ter uma mentalidade genuinamente Katholika aplicada em todos os setores da vida, onde quatro estão em destaque:

 

1. Educação, priorizando a formação humana e as atividades correlatas abaixo;

2. Produção de alimentos saudáveis, com enfoque na gastronomia;

3. Ambiente, dentro de um política artístico-cultural coerente;

4. Autonomia energética.

 

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