Na Arte da Conversa e do Convívio, se você quer espantar alguém, fale de si. Quem gosta de ler uma matéria onde a pessoa fala de si e não do que o leitor realmente se interessa, algo prático que vá lhe conferir alguma vantagem imediata? Talvez, um curioso, uma curiosa. E quem mais? Eu aprecio conhecer as pessoas e gosto de saber o que dizem sobre si para conferir e, vendo discrepância entre o dizer e o agir, depois cobrá-las. Porém, a maioria não é assim. Em geral, quando alguém toma uma postagem onde a pessoa fala de si, ela sente náusea, pois lhe parece nada mais que um idiota vaidoso em autocontemplação. A menos, é claro, que a pessoa que escreve ou diz sobre si tenha lá seus oitenta, noventa anos e, preferencialmente, o ouvinte ou leitor já a conheça pessoalmente, admire-a e, por isso, tenha o interesse de conhecê-la melhor.
QUEBRANDO A REGRA.
Não é meu caso e eu estou me arriscando a quebrar a regra. Tenho só 45 anos e a proposta de desenvolvermos as postagens da série História de Vida - minha vida - tem o objetivo de você sentir mais segurança a respeito de minhas motivações, que não são outras do que a de todo homem de bem. Porém, eu me pergunto se contando estes fatinhos eu realmente ajudo você a ver-me como um leal patriota e homem de fé, ou vou afastá-lo(a). Deixe seu comentário a respeito, por favor.
Custodia Angelorum - do Latim para o Português, Anjos de Guarda - é a quarta parte da série História de Vida, onde eu lhe conto os principais fatos que influíram em minha forma de pensar e vocação como Católico e Brasileiro. Custodia Angelorum ou Anjos da Guarda será mais um fato místico, contado por minha mãe a seu filhos.
NÃO SEPARE O HOMEM DO POLÍTICO.
Não é a história de um padre, de um religioso, e sim tão somente de um pré-candidato a vereador por Piracicaba que, se perceber que aguenta o ambiente político, pretende seguir para outros cargos mais influentes. Então, provavelmente, você não queira saber dos aspectos místicos da minha vida, e sim algo realmente prático, o que pretendo fazer, minhas pretensões. Correto? Se sim, eu entendo você. Todavia, eu lhe adianto que não há como separar o político da pessoa que ele é. Por não sabermos a história de vida das pessoas é que votamos mal. Bastam uns desgraçados se aproveitarem de uma onda como foi a de Bolsonaro para que votemos neles e vejamos o absurdo que estamos vendo hoje. Estou errado?
Inclusive, citando exemplos, como alguém pode aceitar Karl Marx dizendo-se ateu, se ele tinha tanta afinidade com o satanismo? Como dar-lhe crédito falando de felicidade ou de família, se ele próprio foi tão infeliz e um pai desgraçado, abandonando filhos, levando outros a suicídio, sendo um folgado dependurado em sua mulher rica? Como alguém pode aceitar as sedutoras palavras de Nietzsche sobre o amor se o amor nunca foi seu forte?
Em suma, preferir a estética do que a ética, a teoria pela possibilidade do que os fatos e a prática é insano. Amar a mentira por mostrar-se uma bela ilusão, apreciar ser enganado - na nojenta frase que diz "me engana que eu gosto" -, para mim, é diabólico. Por isso, em caminho inverso às duas citações anteriores, Marx e Nietzsche, tenho tanto interesse de saber o que os grandes Santos - pedras preciosas do Tesouro de Cristo - disseram, especialmente os místicos. Eles sim, a meu ver, têm crédito para falarem sobre o bem e apontar caminhos, uma vez que falam do que eles são ou foram, vivem ou viveram, praticam ou praticaram. A questão é: eu penso assim. E você?
Por tudo isso acima, eu volto a perguntar-lhe: você acha que é interessante este tipo de postagem, onde o político conta sua vida pessoal ou é perda de tempo? Se para a maioria for tempo de tempo, irrelevante, a gente encerra esses fatos por hora e vamos direto ao assunto político, com minhas pretensões. Mesmo porque não vou falar do que me interesso e sim do que todo conservador se interessa, quer, defende. Combinado? Aguardo, então, seus comentários.
RECORDAÇÃO.
Faremos uma breve recordação para prosseguirmos com a narração de mais este fatinho, que para mim faz toda a diferença em minhas decisões, na vida pessoal e profissional:
Na primeira parte, falamos do conceito de verdade e liberdade para o verdadeiro Conservador Unitivo-Criativo e declinamos sobre um fato muito curioso ocorrido no meu nascimento. Os conceitos, portanto, são mais importantes do que a minha vida e, se você não leu a postagem, clica no link e leia-a antes de prosseguir.
Na segunda parte, outro post, discorremos sobre a influência da mãe na amizade dos filhos e um fato horrível sobrenatural que despertou em minha mãe uma longa caminhada em busca de respostas.
Na terceira parte, outro post, prosseguimos abordando anotações no Diário do Bebê feitas por minha mãe a respeito deste que vos escreve, tomando este fato por exemplo do tipo de amor preferido por Sua Divina Majestade, Nosso Senhor Jesus Cristo, nos Evangelhos: "uarramim".
Nesta quarta parte, "Custodia Angelorum", vamos falar de mais um fato incomum, que me ajuda a vencer muitas das más inclinações ou más propostas.
Meu pai precisava viajar muito e minha mãe ficava conosco em casa. Antes de meu pai ter o escritório de planejamento agrícola, ele era topógrafo e minha mãe ficava em casa conosco fazendo cálculos para ajudá-lo. Ela nos conta que um dia, ela estava tomando banho com pressa por estar preocupada em deixar sozinhos duas crianças e repentinamente ouviu assovios e brincadeiras acompanhadas de nossas risadas. Narra que sentiu um profundo alívio, pensando que meu pai havia chegado em casa e que estava brincando conosco. Tranquilizada, aproveitou para lavar melhor seus longos cabelos e, arrumada, chegou para participar do que ela pensava ser uma graciosa farra de seu marido com as crianças. Ouvindo os assovios e nossas risadas, compareceu à sala e qual não foi seu susto ao perceber que quem brincava conosco desaparecera. Olhou para os filhos que, de olhos arregalados só diziam: "miu... cadê?... cadê?... ué... miu..." Isto é, "sumiu, onde está?" O mais velho lhe resumiu: "eram anjos, mamãe". Ela se abaixou à nossa altura e, abraçando-nos, sorriu emocionada. Fortaleceu-se na Fé.
A partir disso especialmente, minha mãe passou a contar fatinhos moralmente exemplares antes de rezarmos em família, a incluir a vida dos heróis da Cristandade: os Bem-Aventurados e os Santos, preciosas pedras do Tesouro de Cristo. Que bom seria se todas as mães contassem fatinhos assim para seus pequenos!
Ao escrever, deixo derramar lágrimas de saudade... Já são 1 hora da manhã. Encerramos aqui, hoje. Muitíssimo obrigado pela sua atenção. Insisto que rezemos uns pelos outros. Essa vida é passageira, mas muitos precisam nascer e viver como filhos autênticos de Deus. Por isso, lutemos contra o inimigo que existe em cada um de nós, que são más inclinações, e contra o Comunismo, antes dele nos dominar, como tudo indica que deseja fazer. Seria mais do que lamentável ver a Terra de Santa Cruz nas mãos de ateus e milhares de pessoas sendo mortas. Por quê? Por que deixar isso acontecer?!
Fotografia abaixo extraída do oglobo.globo.com:
